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Centelhas Poéticas Explorando o Mundo em Cecília Meireles Poemas Curtoso
Cecília Meireles, a revered Brazilian poet, crafted a remarkable body of work characterized by its elegance, depth, and brevity. Her short poems, often encapsulated within a few lines, wield immense power, painting vivid emotions, experiences, and reflections with economy of words. These condensed verses, brimming with profound meaning, invite readers to explore the depths of the human experience within the concise beauty of Meireles’ poetic expression.
Cecília Meireles was a prominent Brazilian poet, educator, journalist, and painter. She was born on November 7, 1901, in Rio de Janeiro, Brazil, and passed away on November 9, 1964. Cecília Meireles is considered one of the most important figures in Brazilian and Portuguese-language literature.
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão; quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares!Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo… e vivo escolhendo o dia inteiro!Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo.This poem showcases Cecília Meireles’ style of contemplating life’s choices and dilemmas, and how decisions can sometimes be difficult. If you have any more requests or questions, feel free to ask!
A um poeta
Sei que pareço pequena
perante a sombra imensa
do teu voo, poeta, o que devemos fazer?Ou deixar o futuro
ou buscar a luz pura
ou dar passos incertos
que nos levam ao escuro?Ou esperar que uma estrela
te caia, feito madura,
perto dos pés, pela noite,
e ilumine a tua altura?Na incerteza da vida,
o que devemos fazer?
Fica, apenas, a palavra:
Esfinge, responde: viver?
`
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a sua música é prova de que existe.Eu canto porque o momento transborda
e nesse transbordar extravasa.Eu canto porque o instante existe
e a sua música é prova de que existe.Eu canto porque o instante é forte
e eu sou instrumento do seu reforço.Eu canto porque o instante é forte
e nesse reforço é que transcorre.Eu canto porque o instante é forte
e não vou morrer sem que ele acorde.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Desenho
O poema é o instante completo
e absoluto de uma paisagem
no momento em que o Sol se põe.Todas as manhãs acordamos e vemos o Sol nascer.
Mas a beleza fulgente
de uma manhã, enquanto nasce,
ninguém a vê.
Cantiga
Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando, uma chama no teu olhar
No teu olhar que, vindo, traz a luz do amorQue, há muito tempo, anda perdida pelo ar
Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando, uma chama no teu olhar
No teu olhar que, vindo, traz a luz do amorQue, há muito tempo, anda perdida pelo ar
Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando, uma chama no teu olhar
No teu olhar que, vindo, traz a luz do amorQue, há muito tempo, anda perdida pelo ar
Soneto
Eu canto porque o instante existe
e a sua música é prova de que ele existe.Eu canto porque o instante é forte
e não adianta fugir: o instante é forte e nesse reforço é que me exprimo.Eu canto porque o instante é forte
e não adianta fugir: o instante é forte e não há outro tempo em que sentir
e eu te sinta
e nós nos sintamos profundamente.
Canção da Lua
Lua que brilha na noite escura,
Toda de prata, em teu claro lume,
Que luz encerras, que sombra apuras,
E que escondes sob o azul volume?Tua pureza não tem terreno,
Nem espaço e tempo podem te envolver.
Dás tua luz com amor sereno,
E tua imagem é doce e de se ver.Lua, que brilha na noite escura,
Toda de prata, em teu claro lume,
Que segredos contas, ó Lua pura,
Que enigmas tens, que mistério cume?
Borboleta
Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar.
A flor parece estrela que o chão deu para o céu brincar.Mas a borboleta é flor que o céu tirou pra dançar.
A estrela é a flor que o vento trouxe para o chão brincar.This short and sweet poem by Cecília Meireles talks about the delicate dance of nature. If you have more requests or questions, feel free to ask!
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Pintura
Vi a casa do pintor.
Toda branca, toda azul.
Tão limpinha, toda enxuta,
Sempre pronta para luz.Quarto branco. No corredor,
A luz entra, azul, depois,
Sobe a escada, estende-se,
Entra pelos corredores.E essa claridade toda,
Essa alvura, esse azul claro,
Claro azul, pálido azul,
Era o pintor, era o farol.
Canção da Vida
A vida é como um sonho
Em que só a gente crê
Quem já morreu.E a vida é somente um nome
Que a morte ri
E que vai esquecer…
Canção do Amor
Quem bate à minha porta
Diz que não posso crer
Nas coisas que ela me conta
Nem na dor que a faz sofrer.Diz que a água do riacho
É triste e me quer levar.
Diz que o mundo é muito fraco
P’ra quem não sabe nadar.Que não há sonho que dure
Mais de uma noite acordada.
Que o dia que é um bonito
E é o dia da chegada.Que o amor que é alegria
E é luz p’ra quem a espera,
Pode perder-se em agonia
No meio da Primavera.
Mar
Todas as águas todas
E todo o mar de todos
Os lados e o mar de todos os cantos
E o mar de todos os lados de todos os cantos
De todos os mares de todos os lados
De todos os mares todos
Por todos os lados.
O Universo
O universo é um milhão de coisas
por todos os lados.
E em cada coisa
há um milhão de coisas
e dentro delas um milhão de coisas
e dentro dessas coisas
um milhão de coisas.
Palmeira
Palmeira, palmeira, palmeira,
És para mim o símbolo
De tudo que é a vida clara
E a grandeza de ser homem.Cada palma alta e pura
É uma estrada que leva
Aos jardins da natureza
E ao encontro da estrela.Palmeira, palmeira, palmeira,
És para mim o símbolo
De tudo que é a vida clara
E a grandeza de ser homem.
Fala, Meu Coração
Fala, meu coração. Dize a verdade
Do que viste, do que ouviste, do que sentiste.
Fala, meu coração, e dize a verdade.Fala, meu coração. Fala com simplicidade,
Com a verdade ingénua do primeiro amor,
Com a veracidade assustada e humilde
De um menino, perdido e vagabundo, chegado à cidade.Fala, meu coração. Dize a verdade
Do que viste, do que ouviste, do que sentiste.
Dize a verdade com simplicidade.
Canção para a Amiga Distante
Amiga, esta é a última noite que passamos juntas
até a nova lua chegar.Amiga, as camas estão prontas.
O homem está dormindo. E as estrelas estão no seu lugar.Falemos das coisas importantes: do brilho, da amizade.
Nada de recordações. Nada de vidas fatigadas.Ainda há tanto amor em minha vida!
Meu coração alegre canta como o vento nas colinas.E, depois, veremos juntas
quem será a primeira a dormir,
enquanto as estrelas não cessam de brilhar.
Dia de chuva
Chove. Chove.
Noite de água em nossa vida.
E todo o universo, diluído,
se expande dentro de nós.Cada gota, que lá fora se perde,
dentro de nós, se reconhece.Chove. Chove.
Nuvem baixa sobre o nosso ser.
O que é visível e o que é invisível,
confundem-se, alternadamente.
Canção do Pão Quente
Dá-me pão, Senhor, que não morra
e água, Senhor, que não empane
no meu prato de penas, e na minha casa de vidro
a que vou.Mas, se no teu pão não posso ter
o feijão, o arroz, o vinho, a manteiga,
dá-me o teu pão, Senhor, como se não houvesse
amor que dure, e o meu estômago esteja.Leves, leves,
Muito leves,
As nuvens são de algodão.Gigantes, anões,
Maravilhosos seres.
Brincam no céu
E mudam de forma,
Forma e cor.Leves, leves,
Muito leves,
As nuvens são de algodão.
De um Livro
Amigos, coisas, palavras, transformam-se
em livros abertos e livres,
como pétalas que se movem e se renovam
no corpo inteiro da terra.Entregai-vos a esse movimento:
entrai na substância lúcida das páginas
como se pudessem ser vossas,
e a cidade, a montanha, o rio, fossem vossos.E recebereis aquilo que pedirdes
no vosso coração.
Cântico
Deus não chama mais o homem de fora para o azul
e lhe diz: – Sobe.
Chama-lhe as vozes da alma
e lhe diz: – Desce.Recebeu o fio da vida
e lhe disse: – Responde.
Cântico VIII
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais.
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas.
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume.
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos.
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.This poem, titled “Cântico VIII,” reflects on the desire for simplicity and depth in the final poem. If you have more requests or questions, feel free to ask!
Cântico VIII
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais.
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas.
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume.
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos.
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.This poem, titled “Cântico VIII,” reflects on the desire for simplicity and depth in the final poem. If you have more requests or questions, feel free to ask!
A Raiz Amarga
A raiz amarga, mas o fruto é doce.
O fruto é doce, mas o centro é duro.
O centro é duro, mas o verme é mole.
O verme é mole, mas o vento é forte.
O vento é forte, mas o coração é fraco.
O coração é fraco, mas a alma é grande.
A alma é grande, mas Deus é maior.This poem, titled “A Raiz Amarga,” reflects on the complexities and contradictions of life. If you have more requests or questions, feel free to ask!
Fernão Mendes Pinto
Com palavras cruéis te inventaram.
Desenvolveram a história do teu martírio
até às aulas de latinidade,
aos pedaços de papel, às aranhas, às traças.
Tiveram que pôr-te palavras na boca
para falares o que não disseras.
Levaram-te à fogueira da Inquisição.
Mas tu não queimaste como o papel.Cada brasfemia apagada,
cada rajada de ar de um pulmão,
cada raio alado da tua lenda
calmamente guardado
foram os ventos que te arrefeceram o rastro,
esfriaram a tua presença de cavalo,
de homem. A verdade é isso:
esfriar e esquecer os passos daqueles que não passaram.Fernão Mendes Pinto. Tu foste o primeiro
a sair da boca da Europa.
Depois disso, ficaste o primeiro
a sair da boca de ti mesmo.
São estas palavras.
Retrato Natural
Eu nasci para todos os amores impossíveis.
Todos os céus me foram prometidos, todos os mares.
Os palácios de folhagem de coral e algas verdes
Os serenos palácios de cristal.Eu nasci para todos os amores impossíveis,
Nem aquilo que sonhei em minha frente, quis saber.
Os astros ao meio-dia e as canções das lareiras
As tormentas violentas da minha solidão.Eu nasci para todos os amores impossíveis,
Por isso nunca tive amores impossíveis.
Tudo que me foi prometido eu tive.
Tudo que eu quis nunca foi impossível.
Aos Poetas
Aos poetas não pedi nunca estes louvores:
podeis dizer-me fraca e má e sem sentido:
talvez o seja, às vezes. Mas não é certo:
é a medida que escapa. Sinto-me, porque sinto.E esta vontade de exprimir, sem destino,
vem de um fundo ardor ou de uma dor mais longe.
Dizem que ela é feia e que mereço morte:
mas a mim me parece a mais pura fonte.Talvez quem acha feio o fruto e a semente
não compreenda os cimos e raízes:
talvez nunca tenha tido uma flor nascida
do próprio chão em que ela se satisfez.E digo isto à sua grande estupidez:
que venham dar-me, os sábios, as coroas vencidas:
que venham dar-me as luas e os seus planetas:
que venham dar-me o Sol, as chuvas, as raízes.
Sereia
Sereia
que nas ondas vais cantando,
dentro do mar a cantar,
que dores é que tu escondes
por baixo do teu cantar?Terás talvez rosas brancas
bordadas no coração,
porque te morreu na boca
palavra que te nasceu.E terás talvez mais lírios,
e mais calma e mais solidão,
porque te nasceu nos olhos
uma dor para a cor do mar.E terás porventura,
mais lembranças,
mais lembranças para chorar.Nada te peço, nada. Nem a vida
nem a alegria ou o temor
nem a paz ou a luta.
Nada. Nem cantos de louvor
nem salmos de angústia.
Apenas, Senhor,
ficai comigo. Nada.
Nada, Senhor.
Nada te peço.
Nada, Senhor.
Ficai comigo.
Soneto
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante o número infinito de mundos.
Apenas um se esfuma e outro se materializa.E o que se vê é apenas a sombra de uma sombra.
A poesia é a única prova da existência do homem.
Por isso, canta, a alma do mundo, canta a existência de todos os mundos.Este é o maior segredo e o mais óbvio.
Este é o único argumento. Este é o único milagre.
As Palavras
As palavras estão cheias de falsidade ou de arte.
Dependendo do valor que tenham, assim afluem
ao encontro do nosso olhar ou da nossa vida.Como as coisas se tornam outras, de estarem nomeadas!
Acompanho-te pela estrada, com o coração cheio
de palavras leves, no desejo de fazer que repouses
do cansaço de ter nome e peso e saber.Este momento de sossego, em que recebes de volta
a tua verdadeira natureza, a de coisa inútil,
esse momento é que temos de fixar, antes de avançarmos
para o que nos foge.
A Dança
A dança é o olvido
da sombra da paixão
onde a memória
do corpo
recolhe para a terra
a amarga flor
do seu silêncio.O fogo
da sedução
é apenas
a flor do gesto
e a sua forma
o fumo do desejo
ou da recusa
sob o olhar triste
de uma boca
e o espaço perdido
do seu voo.
O Medo
De todos os medos
é o medo do silêncio
o mais terrível
o mais morto
o mais funesto
o mais cruel.Porque ele nasce de todos
os outros
de todos os medos juntos
e juntos a eles
se devolve.É um silêncio que chora
de mãos desesperadas
de mãos abertas
de mãos crispadas.É o medo de todos os medos
o medo de um silêncio sem palavras.
Canção da Tarde
A tarde
entrou, macia, pela janela aberta.
A tarde
entrou, macia, e ficou no meu quarto.
Trouxe o cheiro
das flores e a voz
das abelhas que zumbem
no alto da figueira.A tarde
entrou, macia, pela janela aberta.
Trouxe o silêncio,
que caiu, macio, sobre as coisas,
como o sono
cai sobre os olhos
que estã
entrou, macia, pela janela aberta.
A tarde
entrou e se dei
As Palavras
As palavras estão cheias de falsidade ou de arte.
Dependendo do valor que tenham, assim afluem
ao encontro do nosso olhar ou da nossa vida.Como as coisas se tornam outras, de estarem nomeadas!
Acompanho-te pela estrada, com o coração cheio
de palavras leves, no desejo de fazer que repouses
do cansaço de ter nome e peso e saber.Este momento de sossego, em que recebes de volta
a tua verdadeira natureza, a de coisa inútil,
esse momento é que temos de fixar, antes de avançarmos
para o que nos foge.
A Dança
A dança é o olvido
da sombra da paixão
onde a memória
do corpo
recolhe para a terra
a amarga flor
do seu silêncio.O fogo
da sedução
é apenas
a flor do gesto
e a sua forma
o fumo do desejo
ou da recusa
sob o olhar triste
de uma boca
e o espaço perdido
do seu voo.
O Medo
De todos os medos
é o medo do silêncio
o mais terrível
o mais morto
o mais funesto
o mais cruel.Porque ele nasce de todos
os outros
de todos os medos juntos
e juntos a eles
se devolve.É um silêncio que chora
de mãos desesperadas
de mãos abertas
de mãos crispadas.
Canção da Tarde
A tarde
entrou, macia, pela janela aberta.
A tarde
entrou, macia, e ficou no meu quarto.
Trouxe o cheiro
das flores e a voz
das abelhas que zumbem
no alto da figueira.A tarde
entrou, macia, pela janela aberta.
Trouxe o silêncio,
que caiu, macio, sobre as coisas,
como o sono
cai sobre os olhos
que estão acordados.A tarde
entrou, macia, pela janela aberta.
A tarde
entrou e se deitou na minha cama.This poem, titled “Canção da Tarde,” paints a serene picture of a peaceful afternoon. If you have more requests or questions, feel free to ask!
É o medo de todos os medos
o medo de um silêncio sem palavras.This poem, titled “O Medo,” delves into the fear of silence and its profound impact. If you have more requests or questions, feel free to ask!
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Retorno
Em cada vaso que eu trouxer
um país me há de acompanhar.
Se uma folha se desprender,
de casa e amor se há de quebrar.Mas não desdenhes, coração,
esta nudez, esta pobreza.
Se tens em casa solidão,
tens o que tens, e mais riqueza.A noite leva as plantas secas
e, ao novo vento que a desnuda,
a árvore estende as folhas frescas
ao mesmo solo que a viu nua.
Sorriso Interior
Tenho um sorriso confinado
num pequeno espaço encurvado
entre os lábios e o nariz.
Mas, se as pessoas olham para mim,
logo aparece todo o meu jardim
com estrelas e raízes felizes.
Cecília Meireles poemas curtos” refers to the concise yet impactful poetry created by Cecília Meireles, a renowned Brazilian poet. Meireles’ poetic style is characterized by brevity, where she masterfully encapsulates profound emotions, intricate thoughts, and vivid imagery in short verses. These succinct poems, while brief in length, are rich in depth and invite readers to delve into the complexities of human emotions and experiences in a condensed and compelling form.
Perguntas frequentes
Qual o poema mais bonito de Cecília Meireles?
A determinação do poema mais bonito de Cecília Meireles é uma questão altamente subjetiva, pois a beleza e o significado de um poema variam significativamente de acordo com as preferências individuais e as experiências pessoais de cad leitor. Cecília Meireles, uma poeta eminentemente talentosa, presenteou o mundo com uma vasta coleção de poemas notáveis, cada um carregado de emoção, imaginação e poesia única. Poemas como “Ou Isto ou Aquilo,” com suas escolhas que refletem a complexidade da vida, ou “Canção do Exílio,” com sua saudade da terra natal, são frequentemente citados como belas expressões de sua arte. Contudo, a verdadeira beleza está na diversidade de sua obra, e a descoberta do poema mais bonito dependerá da sensibilidade e conexão íntima que cada leitor encontra em suas palavras. É um convite a explorar suas obras, sentir suas emoções e descobrir qual ressoa mais profundamente com cada coração. Cada poema é uma janela para o mundo único e encantador de Cecília Meireles.
O que define o estilo de Cecília Meireles em seus poemas curtos?
Os poemas curtos de Cecília Meireles caracterizam-se pela brevidade e pelo estilo sucinto. Ela transmite com maestria emoções profundas, imagens vívidas e pensamentos complexos em poucas palavras cuidadosamente escolhidas. Cada pequeno poema é como um universo condensado, convidando os leitores a explorar suas camadas de significado.
Como Cecília Meireles utiliza o imaginário em seus poemas curtos?
Em seus poemas curtos, Cecília Meireles emprega imagens vívidas e evocativas. Através de descrições concisas e palavras cuidadosamente escolhidas, ela pinta imagens e emoções poderosas, permitindo aos leitores visualizar e sentir a essência de sua poesia.
Que temas Cecília Meireles costuma explorar nos seus poemas curtos?
Os pequenos poemas de Cecília Meireles abordam uma ampla gama de temas, incluindo amor, perda, natureza, reflexão existencial, a experiência humana e a natureza transitória da vida. Apesar da sua brevidade, os seus poemas muitas vezes trazem reflexões profundas sobre estes aspectos fundamentais da condição humana.
Existem coletâneas de poemas curtos de Cecília Meireles disponíveis?
Sim, existem diversas coletâneas e antologias de poesia de Cecília Meireles, que incluem seus poemas curtos. Os leitores podem explorar essas compilações para mergulhar no rico mundo de seus versos sucintos e impactantes.
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