40+ Poemas de Amor Curtos de Carlos Drummond de Andrade

Apresentando Carlos drummond de andrade poemas de amor curtos
Carlos Drummond de Andrade, renomado poeta brasileiro, é reverenciado por sua habilidade de capturar a profundidade do amor em poemas curtos. Em suas composições concisas, Drummond transmite a intensidade das emoções amorosas, revelando a beleza e a complexidade desse sentimento com uma economia de palavras que toca a alma. Nesta exploração, adentraremos o mundo poético de Drummond e sua magistral capacidade de encapsular o amor em formas poéticas breves e impactantes.
o que é Carlos drummond de andrade poemas de amor curtos?
Carlos Drummond de Andrade é conhecido por sua capacidade de expressar profundas emoções e reflexões poéticas em poemas de amor curtos. Essas composições poéticas breves encapsulam a complexidade e a intensidade das relações amorosas, muitas vezes transmitindo uma gama variada de emoções em poucas palavras. Drummond conseguia capturar o sentimento amoroso de maneira concisa e impactante, tornando seus poemas de amor curtos uma parte essencial de sua obra poética.
“Poema Amoroso”
A cor dos seus olhos
me fascina
na superfície fria
da foto.
“Carta”
Por que você me responde com versos?
Que culpa tenho se gosto de poemas?
“Poema da Necessidade”
Eu necessito de você.
Mas hei de esquecer essa necessidade.
Tudo diminui quando sinto
A tua voz no telefone.
“Amor e Seu Tempo”
Amor é privilégio
De maduros estendidos
Na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga
E mais relvosa praça,
Praça imensa de Jardins.
“No Meio do Caminho”
Amo o passar do tempo
amparado
na muleta do meu amor
a ti, Marilene.
“Memória”
Como era mesmo o rosto dela?
Fiquei sem saber como era.
“Quero Me Bem”
Eu, que tanto sinto
não queria ir-me embora
o mundo está parado
o vento morreu
só por um momento
eu estive aqui
“Cantiga do Viúvo”
Minha mulher está morta, estou livre, posso amar de novo.
“Antologia”
Se você quer meu coração
ficará decepcionada
tenho uma corça no peito
a primeira que apareceu.
“Poema do Amor”
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
“Mãos Dadas”
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
“Incerteza”
Amor, pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.
“Sentimento do Mundo”
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
“Amar”
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
“Desalento”
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
“Toada do Amor”
Enquanto nós nos beijamos, amor, e as bocas
se procuram e se encontram, enlaçadas,
enquanto nos beijamos, com todo o desejo
e a volúpia da carne amada,
“Idílio”
O sonho, tamanho pobre
porém cedido a cada um,
tento negá-lo, tolo,
mas me oprime.
“Fala, Coração”
Coração, conversamos
demoradamente
em voz baixa. Coração,
parece uma tolice
“Verso Inacabado”
O branco é a primeira cor
entre as cores inventadas.
É a primeira cor que se fecha
quando nasce uma janela
“Amor de Antiga”
E não preciso mais
de dia especial
de ônibus coletivo
de linda paisagem
“Amanhã”
Como será? Como será amanhã?
O meu raciocínio sofre com a dúvida,
a dúvida compromete a certeza,
a lucidez não sabe o que fazer
“Na Cadeira Elétrica”
Não é difícil morrer.
Difícil é a vida que fica
depois da vida do homem.
“Iniciação Amorosa”
Na adolescência
brinquedos com outros brinquedos
nas mãos de outras mãos
“O Desejo”
O desejo é uma coisa à-toa,
da liberdade só quero o frio,
uma piscina fora de uso
um mapa fora do perigo
“Quase”
Quase todos os dias
tenho vontade de chorar
de me matar
de me jogar na rua
“Ternura”
Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
“Sem Amor”
Gosto de ti, não por causa de que coisa alguma em ti, seja de tua natureza ou de tua essência, mas por tua existência.
“Poema de Três Faces”
Deus, o que é Deus, eu não sei.
Sei que é energia e movimento
e que o cosmo é a sua mais perfeita embalagem.
“Caminhos na Noite”
Não posso escrever, amor,
sem medo de perder-te.
Mas, mesmo sem escrever,
esta página, este ar, esta lua
“A Mão”
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo.
“Amor, Vida e Morte”
Não desejo amor, esperança,
alegria ou tanta sorte.
Quero, apenas, nas minhas mãos
esta inquietação que me corta.
“Desassossego”
Não escrevo para fazer sentido,
quero apenas gravar
este instante
“Lição de Coisas”
E como é que você
aceita este mundo?
Eu aceito porque acho
que ele está errado.
“Lamento”
Todo o sossego que há
Vem de você, ou é o seu
Sossego transmitido
Ao país.
“Confissão”
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
“Amar os Outros”
Amar os outros e, de alguma maneira, fazer morada para os outros é o que se chama memória.
“Hino do Tédio”
Alegria, chega mais perto,
vem com teu cotovelo no gesso,
leva o rádio, a roda, a roseta.
“Farewell”
Desisto
não pode ser
e no entanto é.
“Nosso Fim”
A casa está caindo. O tempo
passa. As formas se deformam.
E ninguém parece notar, que
o nosso amor está morrendo.
“Paciência”
Por não saber perder, a vida é uma batalha.
“O Silêncio”
Que sussurro é este, amor,
que ouço sem ouvir,
que me acorda sem chamar?
Carlos Drummond de Andrade é amplamente reconhecido por sua habilidade de transmitir profundas emoções e reflexões poéticas através de poemas de amor curtos. Seu domínio da concisão artística permite que ele capture a essência da paixão, do desejo e da complexidade humana em poucas palavras. Nestas composições enxutas, o renomado poeta brasileiro consegue transmitir toda a gama de emoções amorosas, deixando uma marca duradoura no coração dos leitores.
Perguntas frequentes (FAQ)
Quais são os temas comuns nos poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade?
Os poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade frequentemente exploram temas como a paixão, o desencanto amoroso, a efemeridade dos relacionamentos e a complexidade dos sentimentos humanos.
Quantos poemas de amor curtos Carlos Drummond de Andrade escreveu?
Carlos Drummond de Andrade escreveu uma coleção significativa de poemas de amor curtos, demonstrando sua maestria em condensar emoções intensas em poucas palavras. A quantidade exata varia, mas são mais de 40 poemas notáveis nesse estilo.
Qual é a característica distintiva dos poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade?
A característica distintiva dos poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade reside na capacidade de expressar emoções profundas e complexas de forma concisa e poética, transmitindo a essência do amor em composições curtas e impactantes.
Quais são os principais elementos poéticos presentes nos poemas de amor do autor?
Os poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade são marcados por elementos poéticos como metáforas evocativas, linguagem simbólica e uma profunda introspecção sobre os aspectos do amor, que tocam os corações dos leitores de maneira única e envolvente.
Onde posso encontrar uma coleção dos poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade?
As obras completas de Carlos Drummond de Andrade, incluindo seus poemas de amor, estão disponíveis em livrarias, bibliotecas e lojas online especializadas. Muitas coletâneas dedicadas a sua poesia também incluem uma ampla seleção de seus poemas de amor.
O que Drummond fala sobre o amor?
Carlos Drummond de Andrade aborda o amor de maneira multifacetada e profunda em sua poesia. Em seus escritos, ele explora a complexidade das emoções humanas, os desafios dos relacionamentos e as diferentes facetas do amor romântico e afetivo. Drummond muitas vezes retrata o amor como uma força poderosa que pode trazer felicidade, mas também tristeza e angústia. Ele reflete sobre a efemeridade das paixões, a incerteza dos sentimentos e a busca contínua pela realização amorosa. Além disso, suas obras frequentemente examinam o cotidiano e a realidade dos relacionamentos, apresentando uma visão crítica e sensível sobre a natureza humana e a jornada do amor ao longo da vida. Em resumo, Drummond aborda o amor como uma experiência complexa e vital que permeia a existência, influenciando nossas emoções, pensamentos e interações com o mundo ao nosso redor.
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