Carlos drummond de andrade poema de amor

Carlos drummond de andrade poema de amor

poema By out 05, 2023 No Comments

Mais de 30 melhores poemas de amor de Carlos Drummond de Andrade

Carlos drummond de andrade poema de amor

Bem vindo ao nosso mundoCarlos drummond de andrade poema de amor

Carlos Drummond de Andrade, figura destacada da literatura brasileira, deixou uma marca indelével com sua poesia eloquente e emotiva, principalmente no âmbito do amor. O poema de amor de Carlos Drummond de Andrade, muitas vezes entrelaçado com os temas das emoções humanas, dos relacionamentos e da experiência humana, retrata lindamente as complexidades e nuances do amor. Através das lentes de suas palavras perspicazes e reflexões profundas, Drummond de Andrade elabora uma narrativa cativante da jornada do amor, revelando as profundezas da paixão, do desejo e da essência do coração humano. Em sua extensa obra, o poeta tece versos que ressoam nos leitores, convidando-os a explorar as conexões profundas que o amor grava na tapeçaria da vida.

“Amar se Aprende Amando”

Amar se aprende amando.
Que cegos amantes
em roda,
toque, palpem, oiçam,
e dos dedos se apalpem.

“Eterno Reflexo”

Toda a nudez será castigada.
O espelho é uma coisa que mente
desde cedo:
proclama-me menos amado do que sou.

“Amor”

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.

“Poema de Sete Faces”

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

“Quadrilha”

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.

Carlos drummond de andrade poema de amor

“O Medo”

Tenho medo de perder a maravilha de teus olhos de estátua e o acento que de súbito eleva a minha barba na altura de meu olho e me converte em bisonte entrevisto por aviões.

“Amar se Aprende”

Amar se aprende em espasmos.
De manhã, pode ser afeto.
Mais tarde, um possuído e insistente grito
para que se medite mais e mais
no sentido da posse.

“O Amor Antigo”

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.

“Amor e seu Tempo”

Amor é privilégio
De maduros estendidos
Na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga
E mais relvosa praça,
Praça imensa de Jardins.

“Ela”

Ela é tão bonita. Ah, como é bonita!
Uma beleza talvez pouco humana para ser vista.
Um destes dias vou-me embora com ela.

“Nós, que Amávamos Tanto, Tanto”

Nós, que tanto amamos,
tanto, tanto,
uns aos outros,
desbaratamo-nos.

“Paciência”

Por não saber perder, a vida é uma batalha.

“Desencontro”

Eu passo pelos teus olhos
e enlouqueço por não poder
detê-los, como se detêm os pássaros
quando pousam aos ombros de alguém.

“Soneto da Separação”

De repente do riso fez-se o pranto
silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

“Confidência do Itabirano”

O rio? É doce.
A testemunha é imóvel.
O céu? É doce.
A expansão sideral é doce.
Meu pai? É doce.
Minha mãe é suave.
O vento é doce.
A dor é suave.

“Caso do Vestido”

Para lhe ser sincero,
eu comprei o vestido para outra mulher
que acabou não usando-o.
E me deixou

“A Máquina do Mundo”

E assim me despeço
agora
se te encontro
depois do ponto final.

“Meu Deus, por que Me Abandonaste?”

Minha angústia e minha luta
Por favor, responde-me

“Memória”

Memória, não me falhes
agora
que a máquina do tempo
está à minha disposição

“Quero-me Bem”

Eu, que tanto sinto
não queria ir-me embora
o mundo está parado
o vento morreu
só por um momento
eu estive aqui

“Poesia”

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um individuo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

“Cantiga do Viúvo”

Minha mulher está morta, estou livre, posso amar de novo.

“Amor na Tarde”

Às três da tarde,
antes de chover,
antes da chuva chegar.

“Musa Consolatrix”

Gostaria de amar-te,
amar-te sempre e muito,
gostaria de amar-te, como nunca amei

“Soneto do Amor Total”

Amo-te tanto, meu amor … não cante
o humano coração com mais verdade …

“Cecília”

Toma este caderno
e junta-o aos outros trêscentos,
repletos de palavras.

“Amar, Verbo Intransitivo”

Amo como ama o amor.
Não conheço outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

“Vida de um Homem”

A vida de um homem não é contada apenas por anos.

“Farewell”

Desisto
não pode ser
e no entanto é.

“Inventário do Mundo”

Amor, então, também acaba?
Ah, se fosse só o amor…

“Elegia”

Fica, ó anônimo!
Vai-se a tua sombra
de deixar-me a meia-luz.

Carlos Drummond de Andrade, um luminar da poesia brasileira, é celebrado por sua profunda exploração do amor através do verso. Seu eloqüente e emocionalmente ressonante “poema de amor” (poemas de amor) mostra a profundidade das emoções humanas, as complexidades dos relacionamentos e a beleza etérea das várias formas do amor. O gênio poético de Drummond de Andrade dá vida aos momentos ternos, às complexidades e aos anseios associados ao amor, apresentando uma vívida tapeçaria de sentimentos que cativam corações e mentes. Sua distinta capacidade de articular a essência do amor por meio de palavras cuidadosamente elaboradas faz de sua poesia um testemunho eterno do poder e da universalidade do amor na experiência humana.

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